Dom Bosco
Sua Vida
Existiram muitos personagens que influenciaram positivamente a história durante o século 19, porém, na educação e com a juventude pobre e marginalizada, Dom Bosco foi um expoente.
Não ficou inerte diante do processo de industrialização e que gerava, diante do frenético êxodo para as cidades, um processo de marginalização e injustiças.
Ele decidiu fazer alguma coisa.
Queria vivamente ser sacerdote. Dizia: “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”. A Divina Providência atendeu os seus anseios. Em 1835 entrou para o seminário de Chieri.
Ordenado Sacerdote a 5 de junho de 1841, principiou logo a dar provas do seu zelo apostólico, sob a direção de P. José Cafasso, seu confessor. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou o seu apostolado juvenil em Turim, catequizando um humilde rapaz de nome Bartolomeu Garelli. Começava assim a obra dos Oratórios Festivos, destinada, em tempos difíceis, a preservar da ignorância religiosa e da corrupção, especialmente os filhos do povo, em tempos de revolução industrial e das guerras na unificação italiana.
Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco,um bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Ao Oratório juntou uma escola profissional, depois um ginásio, um internato etc. Em 1855 deu o nome de Salesianos aos seus colaboradores em memória de São Francisco de Sales – modelo da bondade e paciência. Em 1859 fundou com os seus jovens salesianos a Sociedade ou Congregação Salesiana.
Com a ajuda de Santa Maria Domingas Mazzarello, fundou em 1872 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a educação da juventude feminina. Em 1875 enviou a primeira turma de seus missionários para a América do Sul.
Fundou ainda, após 20 anos de insistência, a Associação dos Salesianos Cooperadores.
Prodígio da Providência divina, a Obra de Dom Bosco é toda ela um poema de fé e caridade. Consumido pelo trabalho, fechou o ciclo de sua vida terrena aos 72 anos de idade, a 31 de janeiro de 1888, deixando a Congregação Religiosa Salesiana espalhada por diversos países da Europa e da América (no Brasil já estava presente no Rio de Janeiro e São Paulo).
Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. O seu nome de “milagreiro, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, de defensor intrépido da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. “
Pio XI, que o conheceu e se alegrou com sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934.
Hoje Dom Bosco se destaca na história como o grande Santo, Mestre e Pai da Juventude. Embora tenha feito repercutir pelo mundo o seu carisma e o sistema preventivo salesiano, que é baseado na Razão, na Religião e na Bondade (Amorevolezza), Dom Bosco permaneceu durante toda a sua vida em Turim, na Itália. Dedicou-se como ninguém pelo bem-estar de muitos jovens, na maioria órfãos, que vinham do campo para a cidade em busca de emprego e acabavam sendo explorados por empregadores interessados em mão-de-obra barata ou na rua passando fome e convivendo com o crime.
Com atitudes audaciosas, pontuadas por diversas inovações, Dom Bosco revolucionou no seu tempo o modelo de ser padre, sempre contando com o apoio e a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora. Aliás, o sacerdote sempre considerou como essencial na educação dos jovens a devoção à Maria.
O método de apostolado de Dom Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens; para isto no concreto abriu escolas de alfabetização, artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional. Por isso a Igreja reza: “Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai”.
De estatura atlética, memória incomum, inclinado à música e a arte, Dom Bosco tinha uma linguagem fácil , espírito de liderança e ótimo escritor. Este grande apóstolo da juventude concluiu sua missão aqui na terra em 31 de janeiro de 1888 na cidade de Turim; a causa foi “os outros”, já que afirmava ter sido colocado neste mundo para os outros.
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